Resenha Crítica de Livro

📔 Libras? Que língua é essa?

Crenças e Preconceitos em Torno da Língua de Sinais e da Realidade Surda

Audrei Gesser

O objetivo desta tarefa é que os alunos desenvolvam uma compreensão mais aprofundada sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a surdez e o universo dos surdos no Brasil, por meio da leitura dos capítulos 1, 2 e 3 do livro "Libras? Que língua é essa?" e da elaboração de uma resenha crítica.

Instruções:

→ Baixe o livro "Libras? Que língua é essa?" em formato PDF ou solicite empréstimo na biblioteca universitária ou adquira o livro em livrarias ou no site Amazon.
→ Leia com atenção os capítulos 1, 2 e 3 do livro.
→ Elabore uma resenha crítica (2-3 páginas), seguindo as normas da ABNT para elaboração de trabalhos acadêmicos, sobre os capítulos lidos, abordando os seguintes pontos:

    ♦ Apresentação do autor e da obra
    ♦ Síntese dos capítulos lidos
    ♦ Análise crítica dos capítulos lidos
    ♦ Conclusões


O trabalho deve ser entregue até o dia 14 de maio, em formato digital, no ambiente virtual do Moodle, seguindo as orientações da professora.

Observações:

É importante que a resenha seja uma reflexão crítica, não apenas um resumo dos capítulos lidos. Utilize referências bibliográficas para fundamentar sua análise.
Não serão aceitos trabalhos em atraso, salvo em casos excepcionais previamente acordados com da professora.

Bom trabalho!

Estrutura do texto

Resumo

Prefácio - De um ideal precário à articulação do óbvio que ainda precisa ser dito

Ideal precário = ser escutado (ser ouvido), ter a real atenção do público para aquilo que se diz.

O óbvio que ainda precisa ser dito = "rico universo humano que se faz nas línguas de sinais, com as línguas de sinais, e parcicularmente com a Língua Brasileira de Sinais, essa Libras". p. 8.

Sociólogo Erving Goffman - Ideal de todo palestrante = platéia engajada na escura. Ideal precário.
Escutar é bem mais que ouvir.
O prefaciante relata perceber que foi escutado, que atingiu o objetivo de sua fala, em sala de aula (mestrado UFSC).
Natureza da linguagem natural humana
Língua de sinais é uma linguagem natural, "não se limitam a um código restrito de transposição de letras do alfabeto". p.7
"Mundo feito também por quem, sem ouvir, pode escutar". p.8

Introdução - Opnião. Força (necessidade) de repetições. Hábito. "Leopardi" p.9

"Ainda é preciso afirmar que LIBRAS é língua?". p.9
Na década de 1960 status linguístico à língua de sinais.
Quando se fala para quem está "fora do meio da surdez" o assunto e o discurso causa espando como se fosse alguma novidade, entretanto, para "quem está dentro da área" é algo repetido.
Mas há "uma surpresa de dentro" que pede por repetição.
"Tornar visíver" a língua desvia a concepção da surdez como deficiência - vinculada às lacunas na cognição e no pensamento - para uma concepção da surdez como diferença linguística e cultural." p. 9-10

Objetivo do livro:

Momento propício por causa de decisões políticas com "olhar diferenciado para as minorias linguísticas no Brasil" p.10
Discussão dois mundos desconhecidos entre si: o do surdo em relação ao mundo ouvinte e o do ouvinte em relação ao mundo surdo.

Preocupações (do texto): Objetivo principal da obra - Direcionar para um novo olhar, uma nova forma de narrar a (s) realidade (s) surda (s).

Passa por destacar o [des]conhecimento desta realidade (linguística) por parte "daqueles que convivem de perto com a surdez" e "por parte da sociedade ouvinte de maneira geral".
Propõe um "espaço de articulação" para pensar as questões sem estranhamento [tornar as questões familiares ao público].

O título é a recuperação de uma "fala de um pai que confessa seu estranhamento em relação à língua do filho surdo, ao dizer "LIBRAS? Que língua é essa?"".

Capítulo 1 - A línga de Sinais

"A língua dos surdos é transmitida cada vez que uma mãe surda segura seu bebê em seu peiro e sinaliza para ele" (Harlan Lane).

A língua de sinais é universal?

Falso.

Crença recorrente = é universal.
Universalidade adivinda da ideia de que toda língua de sinais é um "código" simplificado e apreendido e transmitido aos surdos de forma geral.
A língua de sinais não é universal. Tem parentescos e semelhanças (como as demais), mas em cada região (país ou outra subdivisão) "fala-se" sua própria língua de sinais (sofre influência do uso).

"Em qualquer lugar em que haja surdos interagindo, haverá línguas de sinais". p. 12 [7]

"Podemos dizer que o que é universal é o impulso dos indivíduoas para a comunicação e, no caso dos surdos, esse impuldo é sinalizado.". p. 12

Tendencia de simplificação da riqueza linguística sugerindo e desejando uma mesma língua para todos os índivíduos. "O paralelo é inevitável: e no caso de nossa língua oral, essa perspectiva se mantém? Mesmo que, do ponto de vista prático, tal uniformidade fosse desejável, seria possível a existência , nos cinco continentes, de uma língua que, alím de única, permanecesse sempre a mesma?". p. 12

[Questão interresante para refletir a inevitabilidade das modificações línguísticas conforme seu uso, denotando (ou ressaltando) ainda mais sua característica naturalista de construção.

A língua de sinais é artificial?

Falso.

Isso é crença. Ela é natural, evoluiu como parte de um grupo cultural do povo surdo.

Língua artificial é construída e estabelecida por um grupo de indivíduos com algum propósito específico. (língua auxiliar ou franca).
Ex: Esperanto e Gestuno. (próposito comunicação internacional). Esperanto (oral) e Gestuno (língua de sinais internacional).
Gestuno - nome de origem italiana - "unidade em línguas de sinais".
"A comunidade surda, de forma geral, não considera o gestuno" uma língua "real", uma vez que foi inventada e adaptada".
Cursos são oferecidos atualmente.

A língua de sinais tem gramática?

Verdadeiro. Absolutamente.
Reconhecimento científico últimos 40 anos nos estudos linguísticos do americano William Stokoe (1960). Antes "sinal não era visto, mesmo pelos sinalizadores, como uma língua verdadeira, com sua própria gramática". p. 14

Nota para aprofundamento: Gramática de Port-Royal. (nome dado a um grupo de estudiosos do século XVII que seguia as ideias de René Descartes. Port-Royal era um convento , ao sul de Versailles, na França. Insatisfeiros com o método das gramáticas, e na busca de rigor científico, a Gramática de Port-Royal é considerada o auge da orientação lógica nos estudos. Noam Chomsky tem difundido as ideias dessa escola de pensamento e classifica-a como "linguística cartesiana", fazendo "paralelos entre as ideias do grupo e sua própria concepção da relação entre língua e a mente"). Nota de rodapé 3 do livro.
1660 - Teoria de língua" - estruturas e categorias gramaticais associadas a padrões lógicos universais de pensamento.
Pesquisar em: Crystal, D. Dicionário de linguística e fonética. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1988

Níveis fonológicos e morfológicos da língua
(Stokoe) (ASL - American Sign Language) - Três parâmetros que constituem os sinais:
  • Configuração de Mão (CM)
  • Ponto de articulação (PA) ou locação (L) - delimitado por um círculo
  • Movimento (M) - diração indicada por seta
A partir de 1970 os linguistas Robbin Battison (1974) e Edward S. Klima & Ursulla Bellugi (1979) descreveram um quarto parâmetro (espécto fonológico) a orientação da palma da mão (O)

Par mínimo (linguística): Contraste (oposição) de dois itens lexicais com base em um único componente.
"Dois sinais com os mesmos outros três parâmetros iguais (CM,LM, M) poderiam mudar de significado de acordo com a orientação da mão." p. 14-15
Composição: o conjunto todo a partir dos quatro elementos (parâmetros).
Configuração da mão: Forma da mão.
Orientação da palma da mão: direção que a palma da mão aponta na realização do sinal. Lado direito (contralateral) ou esquerdo (! ainda não sei, completar aqui quando descobrir!).
Locação: lugar de realização em relação ao corpo.
Movimento: pode ou não estar presente nos sinais.

Marcadores não manuais (outros veículos de informação linguística): expressões faciais (movimento de cabeça, olhos, boca, sobrancelha etc) - "elementos gramatícias que compõe a estutura da língua, por exemplo, na marcação de formas sintáticas e atuação como componente lexical". p. 18

Similaridade estrutural das línguas orais e de sinais. "São formadas a partir de unidades simples que, combinadas, forma, unidades mais complexas. Como observa Noam Chomsky, todas as línguas funcionam como sistemas combinatórios discretos: "Sentenças e frases são construídas de palavras; palavras são construídas a partir de morfemas; e morfemas, por sua vez, são construídos a partir de fonemas" (Pinker, 1955:162)." p. 19

Diferenciação quanto à forma entre as línguas orais e de sinais.

  • Sinais
  •     incorporam as unidades simultaneamente
  • Orais
  •     incorporam as unidades sequencialmente/linearmente
"Diferença primária se dá devido ao canal de comunicação em que cada língua se estrutura (visual-gestual x vocal-auditivo). p. 19

"As investigações linguísticas apontam e descrevem a existência de características linguiístico-estruturais que marcam as línguas humanas naturais. A crença, ainda muito forte na sociedade ouvinte, de que a língua de sinais dos surdos não tem gramática está ancorada na crena de que falamos a seguir: a de que elas não passariam de mímias e pantomimas." p. 19

A língua dos surdos é mímica?

Falso.
Nesta pergunta está implicito um preconceito, de que "o máximo que o surdo consegue expressar é uma forma pantomímica indecifrável e somente compreensível entre eles." p. 21
Nomeações pejorativas: anormal, deficiente, débil mental, mudo, surdo-mudo, mudinho.
"o que deve ficar registrato é a forma pela qual constantemente se atribui à língua de sinais um status menor, inferior e teatral, quando definido e comparado à mímica." p. 22

Diferença de narrativas que necessitam de pantomímas. Estudo. Klima & Bellugi (1979).

Pantomima

Significado de Pantomima: substantivo feminino
Arte de demonstrar, através dos gestos e/ou expressões faciais, os sentimentos, pensamentos, ideias, sem utilizar palavras; mímica. Ação de representar uma história utilizando somente gestos e/ou expressões faciais, geralmente, no teatro ou na dança. Representação teatral em que a palavra é substituída por gestos e atitudes. Arte dos gestos e das atitudes.
[Figurado] Informal. Mentira bem elaborada; logro.
Etimologia (origem da palavra pantomima). Do latim pantomima.ae.

Pantomima - faz ver o objeto representado.
Sinal - faz ver o símbolo convencionado para esse objeto.

"Os surdos são fisicamente e psicológicamente normais? aqueles que têm o seu aparato vocal intacto (que nada tem a ver com a perda auditiva) podem ser oralizados e falar a língua oral, se assim desejarem." p. 22

É possível expressar conceitos abstratos na língua de sinais?

Verdadeiro.

Crença de que "a língua de sinais é limitada, simplificada, e não passa de um código primitivo, mímica, pantomima e gesto." p. 22

Sinais não são gestos.

"Os sinais podem ser agressivos, diplomáticas, poéticas, filosóficos, matemáticos: tudo pode ser expresso por meio de sinais, sem perda nenhuma de conteúdo". p.23 (Laborrit, Emmanuelle. O voo da gaivota. apud)

Tudo pode ser discutido e expressado em sinais "filosofia, política, literatura, assuntos cotidianos etc". p. 23

É uma língua exclusivamente icônica?

Falso.

"A iconicidade é utilizada (em língua de sinais) de forma convencional e sistemática". p. 23

Não exclusividade: sinais icônicos também são encontrados nas línguas orais. Onomatopéias como pingue-pong, ziguezague, tique-taque, zum-zum.

Línguas de sinais é uma língua de modalidade espaciovisual. Grau elevado de sinais icônicos.

"mesmo sinais mais icônicos tendem a se diferenciar de uma língua de sinais para outra, o que nos remete ao fato de a lingua ser um fenômeno convencional mantido por um "acordo coletivo tácito" entre os falantes de uma determinada comunidade (Saussure, 1995).

Não é correto comparar línguas entre si (como mais ou menos complexas), "todas as línguas são conceituas, a diferença é de que forma cada língua "empacota os conceitos em unidades linguísticas". O "pacote" é "o modo como cada língua dá forma aos conceitos em unidades linguísticas." "O conteúdo e a informação nas palavras de certas línguas são empacotadas distintamentes." p. 24

A língua de sinais é um código secreto dos surdos?

"A sinalização era vista como um 'código secreto', mesmo entre os surdos, pois era usada às escondidas, por causa de sua proibição. Na perspectiva de tantos outros, a língua era vista como algo exóstico, obsceno e extremamente agressivo, já que o surdo expunha demais o corpo ao sinalizar". p. 26

Tradição de negação do uso dos sinais. "por séculos, os surdos não tinham respeitados os seus direitos e reconhecidas suas responsabilidades, mesmo depois de receberem educação." p. 25

Surdos eram proíbidos de usar sua língua de sinais para a comunicação, forçados "a fala e a fazer leitura labial." E ainda, "quando desobedeciam, eram castigados fisicamente, e tinham as mão amarradas dentro das salas de aula." p.25

Surdos: Manualistas e Oralistas.
"ironia da tentativa desenfreada de coibir seu uso [da linguagem]: o agrupamento no sinternatos que pregavam o oralismo a todo custo serviu para os surdos se identificarem como partes constituintes de um grupo, passando a usar, disseminar e reforçar um eventual sentimento de valorização dos sinais e da identidade cultural surda." p. 26

Comparações entre a língua dos surdos e com a comunicação dos chimpanzés.
"Lane (1984:77) retoma em sua discussão que uma das questões filosóficas centrais no iluminismo era especular sobre 'o que nos tornaria humanos'. De Aristóteles a Descartes, a resposta era consensual: falar uma língua. Nesse cenário, 'as crianças surdas e selvagens eram, todavia, um complicador para essa definição de homem, já que os surdos eram pensados como sem língua e as crianças feras eram invariavelmente mudas". p.26

"Línguisticamente, pode-se afirmar que a língua de sinais É língua porque apresenta características presentes em outras línguas naturais e, essencialmente, por que é humana." p. 27
"A língua de sinais, como já vimos, tem uma gramática própria e se apresenta estruturada em todos os níveis, como as línguas orais: fonológico, morfológico, sintático e semântico. Além disso, podemos encontrar nela outras características: a produtividade/criatividade, a flexibilidade, a descontinuidade e a arbitrariedade." p. 27

Produtividade/criatividade = possibilidade de conbinações ilimitadas das unidades para formar novos elementos.

Flexibilidade = mobilidade nos diversos usos de uma língua.

Descontinuidade = (?)

Arbitrariedade = são convencionadas e regidas por regras específicas.

Só os homens possuel língua, apesar de todos os seres vivos terem sistemas de comunicação.

A língua de sinais é o alfabeto manual?

Falso. De forma alguma.

Alfabeto manual (soletramento digital ou datilologia) é apenas recurso utilizado por falantes da língua de sinais. "Não é uma língua, e sim um código de representação das letras alfabéticas." p. 28

Função:

  • soletrar nomes próprios, siglas e vocabulários não existente na língua de sinais.
  • incorporar sinais a partir do entendimento conceitual entre os interlocutores.
  • Pensar que sim é o mesmo que ter em mente que a língua de sinais é limitada.

    Reapropriação de alguns elementos linguísticos. Processo natural em todas a línguas de contatos.

    Cada língua de sinais tem seu próprio alfabeto manual.
    Alfabeto manual para surdos-cegos os falantes precisam pegar na mão do interlocutor para tatear o sinal.

    soletramento pressupõe letramento. O soletrante que não for alfabetizado na língua oral de sua comunidade de fala, terá as mesmas dificuldades de uma indivíduo iletrado.
    Crianças surdas "ainda em processo de alfabetização da escrita da língua oral, poderão ter também dificuldade com essa habilidade." p. 33

    A língua de sinais é uma versão sinalizada da língua oral?

    FALSO

    Estrutura própria e autônoma linguisticamente.

    Bimodalismo

    "... o português sinalizado pode ser o reflexo de uma ideologia e, então, há que averiguar mais de perto para saber se esses usos, se esses falares são ou não última tentativa, um último grito da maioria ouvinte para rejeitar e banir a língua de sinais dos surdos" Gesser, 2006; 2007. apud. p. 35

    A língua de sinais tem suas origens históricas na língua oral?

    FALSO. Pressuposiçõa relacionada à anterior. "Na história da evolução do homem, constata-se que o uso de sinais pelas mãos como forma de comunicação pelo homem é anterior ao da fala vocal - uma das evidências linguísticas para afirmar que o homem tem uma capacidade inata, instintiva para desenvolver linguagem". p. 38

    Cada língua de sinais tem raízes em línguas de sinais específicas.
    Dois tipos de evidências sobre a natureza da língua dos surdos:

  • História dos surdos na comunidade de Martha's Vineyard. (livro Everyone Here Spoke Sign Language Nora Groce. 1985). Ilha considerada bilingue até hoje, na qual tanto ouvintes como surdos usam sinais na mesma proporsão.
  • Livro escrito por autor surdo na tentativa de defender sua própria língua contra o banimento. (livro Observations of a Deaf-mute Pierre Desloges. 1779 - França).
  • ASL e LIBRAS tem origem na língua francesa de sinais.

    Primeira escola para surdos (1817): The Connecticut Asylum for the Education and Insturction of the Deaf and Dumd.
    ASL também sofreu influência dos sinais dos índios locais, combinando a formação da ASL moderna.

    No brasil: Instituto nacional de Educação de Surdos - primeira escola 1857 fundada pelo francês Ernest Huet (com apoio do Imperador dom Pedro II) no Rio de Janeiro.

    Congresso de Milão: 1880 - Decisão em favor das filosofias e métodos oralistas a qualquer custo, impactou muldialmente a educação dos surdos. "No Brasil, a ideia do oralismo começou a ser disseminada em 1911". 38

    FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos): grande avanço em favor da defesa dos direitos dos surdos.

    A LIBRAS 'falada' no Brasil apresenta uma unidade?

    FALSO. "Em todas as línguas humanas, há variedade e diversidade. "... dizer que todos os brasileiros falam o mesmo português é uma inverdade, na mesma proporção em que é inverdade dizer que todos os surdos usam a mesma LIBRAS". p. 39

    "O mito da unidade linguística do Brasil é o maior e mais sério de todos, pois está presente no discurso não somente da população, mas de muitos intelectuais". p. 39

    "... alguns sinalizadores da língua de sinais resistem a aceitar a diversidade e acabam dizendo algo como 'esse sinal é errado' ou 'esse sinal não existe' quando de fato se trata de variantes da língua" (Gesser, 2006: 176). p. 40

    A língua de sinais, ao passar, literalmente, 'de mão em mão', adquire novos 'sotaques', empresta e incorpora novos sinais, mescla-se com outras línguas em contato, adquire novas toupagens". p. 40-41

    A língua de sinais é uma língua ágrafa?

    FALSO. "Mas, até bem pouco tempo, a língua de sinais era considerada uma língua sem escrita". p. 42

    "A escrita de qualquer língua é um sistema de representação, uma convenção da realidade extremamente sofisticada, que se constitui num conjunto de símbolos de segunda ordem, sejam as línguas verbais ou de sinais". p. 42

    SignWriting é a escrita da língua de sinais. "O sistema pode ser aplicado na representação de qualquer língua de sinais." p. 43

    No Brasil o sistema ainda passa por padronização e é incipiente. "Sua importância, entretanto, é, sem sombra de dúvidas, um bem cultural com positivas implicações para o fortalecimento e a emancipação linguística do grupo minoritário surdo". p. 44

    O Surdo

    surdo, surdo-mudo ou deficiente auditivo?

    Carga semântica destes termos, desconhecida pelos ouvintes.
    Surdos preferem ser chamados assim.
    Questões terminológicas apenas não resolvem o problema do preconceito.
    Mas é urgente o deslocamento conceitual.

    Resenha

    Apresentação do autor e da obra

    Síntese dos capítulos lidos

    Análise crítica dos capítulos lidos

    Conclusões